terça-feira, 24 de julho de 2012

De outro BLOG


A primeira vez que nos vimos uma harpa tocou. Não foram sinos, como sentenciam os escritores românticos. Foram harpas!
Uma estrela cadente cortou o céu, embora fosse dia. Em dez segundos eu disse para mim mesma: Eu o amo. Esse é o cara que vai mastigar a minha alma. Estou fodida. Eu o amo!
Uma menina de 15 anos gritava dentro do meu peito, correndo entre as artérias com uma rede de caçar borboletas. As borboletas tinham pernas e também corriam, e eu sentia que aqui dentro era um quadro do Dali ou filme do Tim Burton porque agora havia você.
A menina, as borboletas, meu sangue... Tudo corria na sua direção, embora eu estivesse parada.
Botões de rosa brotavam das minhas mãos e eu as colocava para trás numa tentativa desesperada de não deixar os espinhos à mostra.
Tudo isso num piscar de olhos, na primeira vez que nos vimos.
O som das pessoas em volta ficou baixinho e eu só ouvia a harpa.
Meu coração não batia freneticamente como era de se esperar. Não. Ele parou. Ficou paradinho enquanto menina e borboletas buscavam desenfreadamente por você.
Aí você se aproximou, beijou minha bochecha e fomos tomar um café. E eu nunca te contei que nos dez primeiros segundos que te vi, eu já era mais sua do que jamais fui minha.

Um comentário:

  1. http://relicariovazio.blogspot.com.br/2012/07/primeira.html?showComment=1343159523346#c8825354609944158274

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