segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ah! Que posso fazer?
Se não paro de lembrar
De seus lábios em meus olhos.
Seus olhos em meus lábios.
Se o que encontrei em ti
Está tão acima do que procurei
Se em seus olhos me vi.
Em teus braços me achei.
Ah! Como vou ficar?
Se te quero a todo instante?
E de ti só tenho o meu lembrar
Se te procuro no teu silêncio,
Que vez ou outra você se encontra perdido,
Na lembrança de um vagar.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Cabidal

Seja um poeta você também.
Imperdível oportunidade, a melhor forma de se autoconhecer.
Tome consciência, noção, é preciso vontade, muita vontade.
Mas atenção: você terá que mirar metas continuadamente
Escrever como um presente para si mesmo do próximo instante.
Entendeu? Para si mesmo primeiro. Mas atenção:
Parado a ronronar, a rondar o canto de qualquer sofrer sem propósito,
De evoluir ou dar o primeiro passo ou o último passo sempre.
Tornar-se um ser em conjunto com o mundo...
Porque é preciso criar, adiantar-se e repelir o canto medonho.
De medo e derrota secando por aqui, estranho corpo de poeta
Que se esconde, se expõe e se concentra no encontro
Das palavras e principalmente nos atos.

Aos passos que pintam minha estrada

a realidade desafia todas as crenças.
A onisciência é quase um piscar de olhos.
Você chora? Isso não passa de passado.
Pergunto se choras agora.
Então, esqueça.
Há ainda tempo em sua vida
E lágrimas não fertilizam nada.
Seja sensível aos suores
E às dores nas pernas.
Depois de ter feito pegadas no teu caminho,
Então leia as palavras que afirmam isso:
LIGUE AO SEU MAIS ÍNTIMO E
EMBRIAGUE-SE!!

Sonho de uma noite alegremente desesperada

Ontem eu ganhei um beijo que mais parecia um carinho, um reconhecimento ou um agradecimento.
Fiquei pensando se era uma fuga, uma desculpa, sei la...
Sugo simbolicamente o meu sarcasmo: tudo move a montanha do meu ego.
Mas como eu vou sonhar hoje com borboletas, flores e perfumes?
Minha poesia é de contexto, assim como é o meu sonho.
Como vou sonhar com borboletas flores e perfumes esta noite?
E minha poesia, não era tudo contexto?

LEMBRE-SE DE MIM


Se você vir um par de sapatos, um para cima outro pra baixo
Ou um surfista elegante de sociedade
Se você sentir que está ventando demais e não tiver agradável
O vento que estava tão bom
Então lembre-se de mim
Com minha hipocrisia

Um amor como o nosso está fadado a acabar
E eu já não tenho mais fôlego pra soprar a fogueira
Você parece barata tonta, envenenada por Rodox
E teu barato já tá muito descoordenado
E desse jeito não vai dar
Então se você vir um tarado na escada
Lembre-se de mim 
Um vira-lata emocionado
Lembre-se de mim
Lembre-se de nós e a nuven alaranjada
Lembre-se de nosso amor
Com as decisões que tomamos juntos
Das nossas músicas malucas
E esse talento de tomar a cena de assalto
Pagamos o preço, por não sermos medíocres
Lembre-se disso quando for falar mal de mim
Lembre-se da nuven e da luz
Alaranjada no lustre do quarto.



CAZUZA.

Cest Moi


Sou tão escondido.
Tão escuro.
Tão fechado.
Tão guardado.
Tão reservado em mistérios...
Basta: não posso me dar o direito de falar assim de mim mesmo;
no escuro, por exemplo
É o melhor lugar para ser-se.
Falo isso com a urgencia
de quem voa livremente
No horizonte empoeirado.

Disfarça e chora


Antes de você eu não entendia as canções, dormia bem todas as noites, não me importava com o tamanho das minhas roupas, esquecia o celular, tinha pensamentos livres e horas vagas. Meu coração era saudável, lento, constante. Eu não tinha febre psicológica, crise emocional, stress acumulado, nem carência afetiva. Não tinha ciúme, ou pensamentos psicopatas . Eu sempre tinha a razão. Não me importava em dançar na rua, ouvir músicas chatas, não aguentava reclamações, mas não passava mal de rir, não planejava tantas coisas boas, não tinha ninguém pra me explicar as coisas. Antes de você eu não morria de saudade, não era tão bem-humorado, não me preocupava em fazer alguém feliz, em cuidar de alguém. Eu não sabia sequer que um abraço curasse tanta dor, que o mundo cabia num sorriso, e que era possível amar uma pessoa tão diferente de mim. A verdade é que antes de você, eu não era eu. Agora eu sei porque você faz tanto sentido.
Me adaptei com o seu jeito e te quero só para mim, exatamente assim, como você é. Sinto uma necessidade constante de estar com você, de sentir seus lábios nos meus, ouvir sua voz e sentir o seu toque na minha pele. Parece que eu mudei com esse sentimento, parece que você roubou toda a minha frieza. Não me basta apenas um eu te amo, eu queria gritar para todo o mundo o que eu sinto por você, te demonstrar, te fazer enxergar que você é a única pessoa que pode me fazer feliz agora.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Like a poet

Eu. 
Véspera. 
Feriado. 
Tédio.
Dinheiro, só que ao contrário.
Redes sociais.
Casa.
Tédio
Eu.

Ecce Homo

Ele era muito bom: mas era ciumento. Jazia em tempos nessa forma e patamar, o ato de ciumar-se.
Batia, quebrava tudo e todos.
Sabia, pensava, que somente assim teria Beto em suas mãos. A sua concepção de leitura era nula, e Beto só lia: comia os contos. Taí o assunto: o de ciumar-se. Beto não aguentava mais, era comprar um romance qualquer, Leandro- o nome dele, por ironia de nossos destinos, era Leandro-, começava com suas pequenas intrigas. Beto cansara, e com efeito e razão.
Leandro, o Léo pardo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Devaneiando a beleza

Que maneira rara de amar
A mulher que valha a pena.
Lhe devotar todos os 3000 pensamentos diários,
Para cada ação sua.
O rosto dela...
Os olhos de mel,
Chocolate deveras,
Sua doçura,
Uma quimera.
Mas ela existe,
Me espera com o sorriso mais lindo do mundo.
E fala tão meiga, a linda princesa,
A camponesa, Cinderela
Algo de regalo filosófico
Com poesia por cima
Chocolate branco
Recheado com cremoso delicioso
Ainda com toques de vermelho misterioso
Morango, talvez.
E pra não sumir de tudo:
A inocência.