domingo, 4 de setembro de 2011

Cama, mesa e banho

Exausto de chorar deitei-me à deriva de um sono expesso e sem praia,
Como o de Carlos. Procurava na noite de meu coração um espaço literal.
Procurava, enfim, esquecimento.
Mas o que encontrei foi a gelo:
Ao sentir o colchão úmido pela toalha que tu deixara de manhã.
A toalha molhada, que tantas brigas...
A cama que presenciara tantos momentos de amor.
Amor? ou somente paixão?
Como um colchão úmido poderia me proporcionar tanto frio?
Como o meu corpo já não podia aquecê-lo?
Desisto: fraco que sou, vou pro sofá para não morrer de frio.
Prato cheio, coração vazio. Lágrimas entornam.
Desejei que Carlos estivesse ali comigo,
Provavelmente, naquele mesmo momento
Ele estaria acompanhado, longe de mim.



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