terça-feira, 6 de setembro de 2011

Inconstante como dente de leão

Quem mesmo disse que a inconstância é o que vale?
Florbela? Drummond? Lispector? García Lorca?
Cecília? Ah sim. Ela mesma.
Nossa queridinha.
Enquanto dita o que será ou o que seria,
Casais se amam e flores murcham.
Meninas choram desgostosas, arruinadas.
Indagam-se às mães, desfalecidas
Em seus aventais...
O quadro empoeirado, com caras
marcadas pelo sofrimento e tempo
Fingindo felicidade
Tortíssimo na parede:
Isso me ajuda a compreender uma estranha realidade;
A felicidade não existe.
Que a tristeza, somente ela, é o que importa e impera.
E a inconstância?
Petrifica os relacionamentos.

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