domingo, 4 de setembro de 2011

Sem licença

Quando morri, um anjo feio
Desses que machucam nossos rostos gritou:
Volte pra vida, volte à escravizar-se por amor!
Ofício muito complicado para ANTI amor que sou...
Esse SER que contamina e alastra amor
Esse amor, que alastra e contamina meu SER.
Aceito sim, o que me mandam, sou Amélia.
Nem sou tão bonita para que possa casar.
Sei que não vou casar-me, sou feia.
Acho Floripa linda, ora sim, ora não.
Creio em mãe desnaturada, sei que o sou.
Mas o que me mandam, escrevo,
Cumpro a sina. De Amélia.
Inauguro mandatos e mandados.
Fundo sentimentos e cemitérios, como o de amor pelo ódio, e vice-versa.
-Dor, é gostoso.
Minha vontade não tem quem a faça!
Já minha vontade de morte,
Me é entranhada.
Mulher é Amélia: Eu sou.

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